Numa esquina de Itapuã
Três bucetas cochichavam, entre si e suas sonoras gargalhadas, no bar da esquina. Vinícios e Toquinho trilhavam a melodia do momento, acentuando com o vento vespertino o agradável gosto da conversa.
Uma tinha os lábios guardados por um capô de couro macio e fresco, ornado por um filete de finos fios sedosos. Tinha o seu perfume jovial e uma quentura morna por ficar sempre oculto em seu carnal invólucro infante. Quando em desabrocho pela alegria salivante, revelava um tom levemente roxeado e reluzente.
Uma tinha os lábios guardados por um capô de couro macio e fresco, ornado por um filete de finos fios sedosos. Tinha o seu perfume jovial e uma quentura morna por ficar sempre oculto em seu carnal invólucro infante. Quando em desabrocho pela alegria salivante, revelava um tom levemente roxeado e reluzente.
A outra possuía uma hidratação menos vivaz. Tinha uns pelos rasteiros e espalhados por todo o seu redor. Não se importava com algumas críticas corriqueiras por parte de algumas "descoladas". Possuía um escurecimento natural nas bordas das expressivas dobras sem ofender a estética de sua forma em um plano geral. Era segura de si. Gozava de algumas experiências pouco convencionais.
A terceira era desprovida de sua pelagem púbica, revelando uma ressequida flacidez de explícitos esfomeamentos fálicos. Carregava uma elegância levemente vulgar nos róseos beiços caídos e enrugados. Assemelhava-se a uma goma de mascar já seca, sabor tutt-frutt, cuidadosamente perdoada por incontáveis carnavais.
Conversavam livremente. Pegando um tímido vento. Riam para o descompromisso. Riam entre si. Para o vespertino vento que cortava sorrateiramente a esquina do bar.
Perfeito, divino, maravilhoso, palavras e textos.
ResponderExcluirUm dia prá vadiar....sentir preguiça no corpo, é BOM!!! hahaha. Bom te ver, nobre marquês! ;)
ResponderExcluirBela descrição das bucetas, parabéns. Será se você conhece bem esse assunto? rsrsrsrs
ResponderExcluirEstou sempre acompanhando o Blog, achei muito engraçado e bem redigido.
Quando puder me faça uma visita também: http://aforistico.blogspot.com/
A poesia das vulvas... Descrição sensível, ética e nobre. Digníssima manifestação.
ResponderExcluirAtento observador da anatomia pélvica. Deve ter investigado bem de perto para mais de mil. Ha, ha, ha, ha.
ResponderExcluirseus textos poéticos são sempre melhores!
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirEsse comentário acima certamente é da Mayara!!!