Chicoteando o ar
Quem não espia os teus passos exibicionistas?
O quão belos devem ser teus espelhos mentirosos,
rufando em teus fedorentos desejos narcisistas
alimentados por cédulas e paus misteriosos.
Quem não te ama no instante de tua passada
pelas jaulas, leitos e chiqueiros alcoolizados?
"Uuuui, cachorra escrota. Ahhh, cadela desgraçada.
Adoraria te amar só para ouvir teus estalados!”
E assim, teus cruéis espelhos continuam omitindo
à propósito de teus belos êxitos extracurriculares,
dos dourados vazios que te vão introduzindo
à cada química plástica em silêncios particulares.
A noite sempre espera por teu batom cheiroso
com a pesada maquiagem que derrete em agonia
pela espera de um especial condutor seboso
que te amará hoje para te esquecer noutro dia.
Égua do soneto asqueroso. Duvido que você se supere desse aí. Tu tens inspiração Shakespeareana, porém com espírito sadecaniano.
ResponderExcluirEsse é sem dúvida alguma um dos textos mais bem escritos que já li, daqueles que se perde o ar antes de chegar ao fim. Muito bom, chega a ser brilhante. Seguindo aqui para acompanhar sempre.
ResponderExcluirMe lembrou muito as minhas peripécias sexuais rs!
ResponderExcluirIncendiário provocativo.
ResponderExcluir