sábado, 27 de novembro de 2010

Pausa para o lanche

Pausa para o lanche


"Cadê o cigarro pra misturá?"
"Tô parano de fumá cigarro!"
"Porra, arrochá essa brita na lata é foda. Tamo de serviço, jogadô."
"Pió. Vô comprá alí, na esquina."
"Demora não, porra. É sábado e tem muita ocorrência, nessa merda. Nós tamo vacilano."
"Calma, juvenil. É ligêro."
"..."
"Bóra, rapá, bóla logo essa merda."
" Que... que hora é aí?"
"Dez e mêa, porra!"
"Re... relaxa, moço. Tá tran... tranquilo. Pega."
"Cadê a tua... a muié?"
"Tá c'os minino lá  na casa da mãe dela. Sim,  e tu num vai passá a bola não, britêro?"
"Pe..peraí, porra!"
"Êita, buceta, o rádio tá chamano."
"Va.. vai lá logo."
"Num vai matá a parada não, nojento."
"..."
"E aí?"
"A porra duma ocorrêcia, alí, duns vagabundo que assaltaro um casal, parece."
"Ai ai ai."
"O cara assaltado é PM do Pará. Parece que apagô um meliante e tem ôto pra gente recolhê."
"Meu zóvo, mermo. Pega, fuma logo... Esses vagabundin roba qualqué merda só pra fumá pedra."
"Pi...pió que é. Vam... vamo lá."
"Porra, tu num dexô nem o restin pra mim!"
"Ahhh, jogadô. Vai te lascá. Tu fumô mais que eu."
"Tu num disse que tinha duas cabeça guardada?"
"Tu ainda qué mais, nogento?"
"Nã, moço, só tô falano. Bóra resolvê a merda lá."
"Parece que tinha ôto  elemento que fugiu. Num intendi direito, não."
"Era três e morreu um?"
"Parece que é."
"Vai fumá pedra no inferno, o nojento."



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