terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Virgulas de um quarteirão bacuriense

Vírgulas de um quarteirão bacuriense

Barulho às oito da noite de sábado no quarteirão  turbulento onde enraíza o condomínio cujo kitnet de cima sustenta uma gorda de bobes e camisola amarela  a rebolar um vaso de cactos rumo ao atrasado marido bêbado que  desviando-se rapidamente desequilibra o bicicleteiro e seu cambio de mandis "cabeça-de-ferro" oscilando de encontro à boca  bafenta do vira-lata  preocupado com a impaciência de sua cadela parida já cansada de latir para o tecno-brega enxotado grosseiramente do porta-malas de um zoadento goiano odiado por sua patricinha zonza a vomitar uma substância verde-cana que escapole ladeira a baixo pelo asfalto empoeirado fazendo escorrer em consistência nas frestas latentes de minhas etílicas sensações.

3 comentários:

  1. Sem vírgula, de um fôlego só como o vomito expelido das entranhas de quem sentiu o odor de um cadáver em putrefação. Huuugggrraauuss ! ! ! !

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  2. Elemento, contei uma história no meu blog, da uma olhada pra ver se ficou clara. Falou

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  3. O texto todo é apenas uma vírgula. Muito bom!

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