quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Mais um grão de arroz na estrada


Mais um grão de arroz na estrada




“Muitas vezes o crime compensa sim!” 
Ricardo Magno, meu vizinho.

Certas coisas meio que boas ou nada convencionas só me aconteciam quando estava sofrendo uma ressaca esmagadora. Esse fatídico fato me assola desde a minha casa dos vinte. Sempre que eu me encontrava à beira de um tentador suicídio, sentado numa cadeira de plástico em baixo do chuveiro, deteriorando em desidratação, minha mãe costumava preparar apetitosos assados no almoço. Pratos que eu adorava saborear em meu corriqueiro estado “anormal”. 
Ela parecia adivinhar, para o afloramento de meu desgosto e revolta. Outro caso que sempre me vinha à tona em relação a isso foi o dia do meu casamento. Bebi tanto, de variadas bebidas na festa, que acordei no hospital. Dois dias de lua-de-mel internado, abraçado numa bolsa de soro. “Por que tu sempre estraga as coisas?”, esbravejava, minha falecida garota.  O ocorrido tornou-se motivo de piada em posteriores “debates” de mesa de bar, entre os meus.


Sempre me vinha à memória esses dois casos quando eu estava em tal estado. Até que certo dia, numa manhã quente de segunda feira, um telefonema estranho me fez esquecê-los quase que por completo. Estava eu elaborando uma prova para lançar, à tarde, aos meus alunos. O telefone tocou para desagrado de minha cabeça latejante.


Jairo?
“Oi”
E aí, Lorde, há quanto tempo.
“Quem tá falando?”
O Luiz, porra!”
“Que Luiz?”
O Diniz.”
“Diniz...?”
“É, Caralho. O Luiz Diniz.”
“Ah! O mulhé?”
É, filho de puta, é ele, mermo.”
“E aí, bicho. Tá sumido. Como é que tá?”
“Cara, aconteceu uma coisa, aqui, e eu me lembrei de ti.”
“Diga lá, companheiro.”
“Tu tá ocupado, agora?”
“Rapaz, eu tô mexendo com umas prova, aqui. O que era?”
“Cara, tem um chegado meu, aqui, que tá vendendo a coleção todinha em vinil daquela banda que tu gosta.”
“Qual?”
“Aquela que o Lemmy era o baixista.”
“Halkwind?”
“É essa mermo, cumpade.”
“Égua! Todinha?”
“É.”
“Puta merda. Quanto?”
“Cinco conto, cada um.”
“Cinco? É minha. Eu compro. Fala pra ele que eu compro.”
“Bicho, mas tu tem que vir agora, aqui em casa. O cara tá de mudança e vai embora agora de tarde. Aí ele precisa da grana agora.”
“Eh, merda, tô indo aí.”
“Espera espera. Tu sabe onde eu moro?”
“Sei não, doido.”
“Tu ainda saca onde é a casa do Geraldo?”
“O índio véi psicopata?”
“É, porra.”
“Sei, sei.”
“Pois é. Eu moro quase em frente. Num sítiozinho.”
“Tô indo aí... caralho, tu tem um sítio? Massa.”
“É, eu comprei faz uns...”
“Tô chegano aê.”
“Esper...”

Pus a primeira bermuda que vi em minha frente, calcei minhas sapatilhas de pano e vesti uma camisa de botões. Que se foda a prova. Era a coleção do Hawkwind a preço de banana. Toquei com meu fuscão pro Parque das palmeiras. Percorri a Pedro Neiva de Santana como uma cobra-cipó em capim fresco. Bob Dylan tornava aquela manhã mais suave e libertária com sua singela Desolation Row. Estava excitado pela minha futura aquisição.
Saí da pista e entrei no bairro cheio de chácarazinhas, arvores, e casas tranqüilas. Parei em frente a residência do velho Geraldo, o índio. Procurei o sítio do Luiz. Identifiquei facilmente. Acima do portão estava escrito numa placa de madeira “Sítio do Rei Degolado”. Desci do carro e toquei um sininho de ferro pendurado no portal. Um sino de ferro. Dá pra acreditar? Ele saiu rápido, quase correndo. Parecia estar agoniado. Meu Deus, havia uns doze anos que eu não o via. O tempo lhe havia perdoado um pouco, fora os cabelos que caíram e o elástico da barriga que quebrou. Ele abriu o portão rapidamente. Parecia tremer um pouco. Estava eufórico.

- O cara tá aí? – perguntei, fingindo não notar o clima estranho.
- Tá. Tá lá no quintal –, respondeu mecanicamente.

Entrei e estacionei embaixo de um cajueiro. Ele foi direto pro quintal. Segui atrás estranhando seu comportamento. Ao chegar à área tomei um espanto instantâneo. Luiz estava ao lado de um corpo estirado no cão. Havia uma auréola de sangue coalhado sob sua cabeça rodeada de moscas. Entre seus olhos um buraquinho oco e escuro dava a impressão de um terceiro olho sem o globo ocular.



- Cara, preciso da tua ajuda.
- Que porra é essa, doido?
- Foi sem querê... é sério.
- Tu matô esse cara, bicho?
- Foi sem querê, porra. Eu tava cochilano no quarto e ouvi algo, aqui na área. Aí eu vi uma silhueta se mexendo. Achei que fosse ladrão ou alguém querendo me fazê... sei lá. Peguei a pistola e arrochei lá do quarto.
- E quem é esse cara?
- Mora aqui atrás. É conhecido meu. O cara é gente boa. Caralho, tô fudido.
- Que hora foi isso?             
- Umas onze, onze e meia.
- Onze hora agora?
- Não, porra. Onze da noite de ontem.
- De ontem? Caralho?! E essa xícara na mão dele?
- Sei lá, cumpade. Talvez ele veio me pedir alguma coisa. Um pouco de óleo ou pimenta. Sei lá.

- Talvez farinha ou sabão em pó. Vizin é o diabo. Pede todo tipo de coisa a qualqué hora, bicho. É foda, mermo. E agora, doido?

- Te chamei aqui pra isso. A gente tem que dá fim no cara.
- A gente? Que porra é essa?
- A gente põe ele no porta-mala do carro e vaza pra estrada do arroz. É jogo rápido.
- Porra, tu é foda. Cadê o carro?
- Vai sê no teu. O meu tá na lanternagem.
- No meu?
- É, porra. Por isso que eu te chamei, também.
- Merda. Vamo logo.

Luiz entrou numa casinha de madeira, ao lado, que servia de despensa. Sentei numa cadeira em frente o morto. Acendi um cigarro e fique olhando-o. Estava com os olhos entreabertos. Em um dos dedos estava uma xícara de alumínio pendurada. Que merda. Olhei em volta. Notei que havia um macaquinho prego dormindo numa daquelas redinhas que os caminhoneiros costumam por como enfeite no pára-brisas do caminhão. Parecia dormir profundamente com uma das pernas pendendo para fora.  Era uma bela propriedade. Tinha um imenso quintal cheio de arvores. Poderíamos fazer um churrasco ali, futuramente.

- Truxe essa lona pra gente enrrolá ele.
- E se vierem atrás dele? Família, sei lá.
- Ele morava com uma tia, aí. Mas, parece que ela foi embora.
- A gente vai queimá ou enterrá?
- Enterrá, doido. Se a gente queimá vai chamá a atenção por causa da fumaça.
- E do cheiro de churrasco, hahaha.
- Rapá, vamo logo. Tamo perdendo tempo.
- Aquele macaco na rede é teu?
- É. Trouxe ele pra cá ano passado. Achei melhó. Ele não gostava de ficá na sede, não.
- Que sede?
- Do IBAMA.
- IBAMA?
- É, porra. Tô no IBAMA faz uns dez anos. Num sabia, não?
- Nã. Pensei que tu ainda era polícia.
- Nã. Num dava mais pra mim, não.
- Como é o nome dele?
- Do cara?
- Não. Do macaquin.
- Pirrola.
- Hahaha... pirrola. Massa.

Pegamos o cara. Eu pelos braços e o Luiz pelas pernas. Parecia chumbo e já começava a feder. Tropecei num tijolo. Quase caio em cima do indivíduo em posição de 69. Pusemos na lona. Abri o porta-malas do fusca enquanto o Luiz tentava deixá-lo em posição fetal.

- E aí?
- Porra, o cara tá duro igual pedra.
- Assim ele num vai caber no porta-mala, não.
- Caralho, e agora?
- Tu tem alguma serra, aí?
- Ah não, cumpade. Vamo serrá o cara?
- É o jeito, doido. E ainda vô tê que tirá o estepe pra tê espaço.
- Merda. Vô vê o que tenho, aqui.

Saiu correndo. Tirei o estepe e deixei encostado em um pé de jasmíns. Ele voltou rapidamente com uma faca e uma machainha enferrujada.

- Cara, num tem serra não. Só encontrei isso.
- Caralho, o cara vai pegá tétano com isso, hahaha...
- Rapá, dêxa de mulecage.
- Haha... essa foi boa. Beleza, tu corta os braço que é mais fácil e eu desconjunto as perna dele. Deve sê mais fácil que porco.
-Nã, bicho, tu é doido. Num vô fazê isso não.
- Oxente... e é eu sozin?
- Nã, doido. Num consigo não.
- Ah, meu pau. Tu é foda, mermo.
- Foi por isso que eu te chamei, também, porra. Tu num era açogueiro nas antiga?
- Teu cú, viado.
- Peraí, vô pegá um avental.
- Tem luva aí nessa porra?
- Vô vê.

Tirei a camisa, as sapatilhas e a bermuda. Lembrei de quando era moleque e ia com meu pai para fazendas abater bois na “moita”. Eu gostava de assistir os bois caindo com alavancadas na cabeça enquanto comia siriguélas. O gosto meio ácido do cortezano me veio à memória, pois foi numa dessas matanças de gado que bebi pela primeira vez. Escondido, é claro. Foi o cortezano que violou o cabaço de minha veia etílica.
Luiz apareceu com um avental e um par de luvas velhas de eletricista. Se espantou ao me ver só de cueca.

- Que porra é essa? Vai cumê o cara?
- Vai te fudê, porra. Tu acha que eu vô melá minha roupa com um homicídio?
- Foi sem querê, eu já falei.
- Vamo tirá ele da lona.
- Pra quê?
- Na terra é melhor. Absorve o sangue. Depois a gente enrola na lona.

Comecei pelos braços. Apesar de a faca estar meio cega não tive muita dificuldade com as juntas entre os braços e os ombros. Luiz não conseguia olhar o trabalho. E que trabalho. Lembrei do meu pai tagarelando todos os dias em meu ouvido que “tudo o que agente aprende serve, um dia, pra gente.”. Nunca havia ligado praquela máxima, até aquele dia.
Enquanto fazia força para cortar os ligamentos, Luiz tomava uma latinha e lavava a área manchada com o sangue seco. Passei para as pernas. Tive que cortar a bermuda do infeliz. Que constrangedor. Ao terminar de cortar sua virilha, percebi que havia sido no local errado. Estava no começo do fêmo. Eu já estava com ânsia de vômito. Talvez pelo mau cheiro que eriçava minha ressaca. Queria acabar logo com aquilo. Não procurei acertar o local exato da junta. Apenas roletei a carne com a faca e parti o osso com a machadinha. Deveria ter feito só isso desde o início. Chamei o Luiz para me ajudar a enrolar o cara na lona. Ele ajudou, evitando olhar pro vizinho desmembrado.

- Ê, Luídi, pega uma corda pra gente amarrá o pacote. Se não vai melá meu carro.
- Pió.
- Aproveita e traz uma lata. Esquartejá gente dá sede, hahaha.
- Cara, ainda ficô uma mancha lá na área. Lavei, mas, ainda ficô a porra de uma mancha.       
- Põe um toco largo em cima pra servir de mesinha pra cachaçada. Vô tomá um banho e me vestir.
- Vai ligêro, porra.
- Vai ficá me devendo e muito, por essa, tá ligado?
- Relaxa. Vô te dá uma grana boa.
- Pió, tu é do IBAMA. Deve tá istribado pra caralho. Ó essa casa, doido. Muito massa.
- É.
- Mas, por que tu comprô uma casa desse tamanho?
- Foi idéia da minha ex-esposa.
- Ex... esposa? Bicho, tu casô?
- Foi. Faz uns sete anos.
- Puta merda. Tu casado. Quem diria. Se separaram por quê?
- Num deu certo não?
- E eu conheço a mesma?
- Não. É uma advogada lá do Amarante. Dêxa pra lá. Tá melhó assim.

Antes de embalar os pedaços do sujeito, joguei a terra ensangüentada por cima dele. O sangue poderia atrair mitos importunos. Pusemos o “pacote” no porta-malas. Caiu como uma luva sem o estepe. Tomei um banho e me vesti. Luiz trancou toda a casa e entrou no carro.

- Sim. Tu num vai ligá o carro não?
- Sim. Tu vai jogá o cara numa cesta de lixo qualquer ou no bacuri?
- Como assim?
- A pá, doido.
- Eita, merda. É mermo. Foi mau.

Saiu do carro às pressas e abriu o portão. Retomei o Bob Dylan e acendi um cigarro. Estava excitado com toda aquela merda. Minhas mãos suavam como tampa de xaleira. Luiz apareceu com uma pá e uma enxada.

- Onde é que eu ponho?
- Atrás do banco, aí no piso.

Partimos rumo à desova. Percorremos a Pedro Neiva sem trocar uma palavra. Apenas ouviamos o velho lobo do folk disparando suas letras renitentes dentro de minha saboneteira móvel que servia, também, de sauna naquela hora da tarde. Descemos pela Industrial e o silêncio já me incomodava.

- Qué dizê que tu casô, bicho. Teve festa?
- Não. Foi só entre nóis. Tudo discreto.
- Se lembra da minha?
- Tu é doido. Foi álcool demais. Mêi mundo de papel.
- Principalmente meu. A Natália ficou peidada durante uma semana.
- Fiquei sabendo do acidente cum ela pela Genir.
- Que Genir?
- A do Geraldo, porra.
- Ah, sim. Ela tava lá no funeral, mermo.
- Achei que tu num ia guentá, não.
- É. Mas, parte de mim morreu, também.

Entramos na estrada do arroz. O silêncio nos tomou, novamente. Fiquei pensando no cara todo picado na frente do meu fusca. Embalado como carne podre à ser lançada numa lata de lixo. Tudo isso por ter ido pedir alguma coisa que estava faltando em sua última refeição antes de dormir. Caralho. O cara morreu com uma xícara na mão. Ainda bem que ele não tem mulher e filhos pra chorar o seu sumiço. A vida, às vezes, é um turbilhão que nos arremessa a direções ignoradas.
Tinha certeza que o Luiz pensava no mesmo, também, enquanto olhava as árvores e os urubus que iam ficando pra traz.

- E aí, Luídi. Pára aonde?
- Sei lá. Vamo mais pra frente.
- Já tamo quase no matadouro.
- Quanto mais longe melhó.
- A gasosa tá pouca.
- Será que dá pra ir mais?
- Sei lá, acho que sim.
- É, bicho, voltá num dá mais.
- Já pensô se o cara começa a se debatê lá dentro?
- Té lôco, é?
- Nã, porra. Tipo no O bons Companheiros.
- Porra, tu viaja demais, cumpade.
- Aí, a gente ia tê que descê do carro e terminá o serviço. Eu ia ser o Joe Pesci e tu o DeNiro. Porque o teu negócio é bala e o meu é faca, tá ligado?
- Bala é mais prática.
- É. Mas, faca é mais arte.
- Meu zóvo, mermo.      
- Já sei. Agente quebra naquela estradinha que vai pra pousada do Imbiral. Lá tem um monte de ponto nas intoca.
- Arrocha.

Entramos na tal estradazinha. Não demorou pra encontrarmos o local perfeito. Não havia fazenda alguma, nem casebre, nem nada. Somente o nada ornado de mata meio fechada. Sai da estrada e entrei em um espaço entre algumas árvores. Estacionei atrás de uma enorme moita. Descemos rapidamente e pegamos o “pacote”. Luiz pegou a pá e a enxada.

- Eu amoleço a terra com a enxada e tu cava. Tu num fez nada, até agora.
- Sim, meu amigo. Eu matei um cara.
- E eu desossei, e aí?
- Pois umbora, logo.

Não demorou muito para terminarmos a cova. Cada barulho que vinha da mata era motivo de gelo em nossos espinhaços. Jogamos o mesmo no fundo buraco. Enterramos com toda a pressa do mundo. Olhamos cuidadosamente ao redor para não deixar nenhuma evidência de nossa passagem por ali. Encontramos uma enorme pedra perto do carro. Pegamos com muito esforço e jogamos em cima da sepultura. Posemos as ferramentas no porta-malas.

- Vamo vazá, lôco. Tá tudo limpo.
- Borá.

Entramos no carro. Dei a partida. O fusca só engasgava. Tentei novamente. Nada. Um pavor mordaz nos tomou por completo. O carro não pegava. Empacou com um jumento birrento.

- Que porra é essa?
- Sei lá. Deve sê a gasolina ou o motô. Às vezes ele não qué pegá, mermo.
- E agora, porra?
- Agora fudeu. Entrô água.
- Merda, merda, merda.
- Agente num pode ficá aqui, não.
- Vamo empurrá o carro até a estrada. É melhó ficá lá.
- E fazê o quê, misera?
- Sei lá, lôco. Tentá aluma coisa.
- Tamo fudido, mermo. Umbora.

Empurramos o carro até a estrada. Tentamos ligar de todo jeito. Nada o fazia ligar. A tarde já estava próxima do fim e estávamos no meio do nada com um corpo todo pinicado ali próximo. A impaciência se tornara demasiadamente enlouquecedora. Um barulho de motor vinha ao longe. Apuramos a audição. Vinha um carro em nossa direção. Uma caminhonete Hilux. Suspiramos quando ela parou. Um cara baixinho de uns cinqüenta anos desceu e veio até nós. Usava um chapéu branco de cowboy, estava sem camisa e usava uma grossa corrente de ouro. Na parte de traz havia umas três garotas na base de vinte a vinte cinco. Estavam meio chapadas e faziam muito barulho. Ouviam Amado Batista a tantos decibéis.

- Tão no prego aí, moço?   
- É, rapais. Esse fusca dá trabalho.
- E eu num sei? Eu já tive uma disgraça dessa. Tão ino pra onde?
- Pra pousada de Imbiral.
- Pois fechô, intão. Nós também.
- Mas e o carro?
- Eu puxo, moço. Num esquente, não.

O baixinho desenrolou um cabo de aço da traseira de sua pik up e engatou no carro. Entramos no fusca e fomos puxados por um cowboy buchodo e um monte de safadas em alvoroço com o maldito “Amigo” Batista no meio do nada.

- Porra, bota um som aí. Essa música de corno é foda.
- O que tu qué ouví?
- O que tem aí no pênis drive?
- Rapá, tem um monte de coisa. Cartola, Suzi Quatro...
- Tem Patif Band?
- Dexêi em casa. Tem Queen The Stone.
- Nã. Já abusei. Tem Velhas virgens?
- Não... ah foda-se. Vamo curtir Amor meu grande amor, da Ângele Ro Ro.
- De boa.
- Tem cigarro aí?
- Cabô.
- Porra Luiz, tua cartêra tava cheinha.
- Ah, porra. Tu quem fumô mais. Chegá na pousada a gente compra e toma umas.
- Tô quebrado, doido.
- Eu pago o goró, relaxa.
- Falá em pagá, quero como parte do pagamento, um macaco prego. Desde moleque eu sempre quis um.
- Vô vê, cumpade.














     






15 comentários:

  1. O cara só queria uma xícara de açúcar, coitado.. Aposto que era um "lobo solitário"...hahaha.

    Sem querer pagar...mas já pagando,
    Só COMPENSA, quando não há pena...

    E ponto!


    (falando em ponto...sem comentários, com relação ao jogo de domingo passado, lamentável!!!) ¬¬

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  2. Vixi Gonzo !!!!! Que hi(e)stória alucinate. Caramba !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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  3. Bixo, quando tu me disse, ontem, que eu iria saber o quanto a tua mente é doentia, eu pensei em outra coisa... Mas, quer saber, não achei doentio, é um suspense que merece ser levado à diante... esse merece virar um filme. És um mega-crânio no anonimato. Genial, envolvente, intrigante... não consegui parar... resumindo: MASSA DEMAISSSSSS... PARABÉNS. PERFEITO.

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  4. Valeu pela citação inicial. Essa teoria é bem complexa, mas verdadeira. E quem é da comunicação e da segurança pública, sabe da verdade.

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  5. Não, Polly. Tu me entendeu errado. Eu disse que minha mente é por demais normal. Não o contrário.
    Um xêro lá...
    É, Ricardo, se na maioria das vezes o crime não conpensase, não teríamos um coronel durante décadas.

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  6. intão esse é o luis blogueiro qual min escreveu comentário no blogu do isnande, apoiandu a mim levantar suspeita na defesa civil é ele tá mas erroladu agora que cabeca de freira.., agora vou denuncia eli na justiça !

    chico do planalto

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  7. Cara, é muita loucura dessa cabeça,realmente algo pra ser publicado de alguma forma, muito detalhes descritivos, que nos faz visualizar as cenas como num filme.

    Agora e a Natália, o que achou do futuro reservado pra ela nessa tua mente...rs?

    Parabéns monstro!!

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  8. Totalmente provável este tal futuro. Pena não ter colocado o vindouro boteco "que nunca tem cerveja porque os dono bebe tudim"

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  9. É bom esse vizinho que ainda não conheci ir logo comprando o caixão e a vela preta ( e a xícara para o óleo também rsrs), pois já morreu, não tem pra onde correr, é prego batido e ponta virada. O máximo que posso fazer para aliviar a sua futura dor é escolher um belo Epitáfio Cafeteira para o seu túmulo, como estes versos escritos com o sangue dos pulsos de um poeta russo suicida: "Adeus, amigo, sem mãos nem palavras. / Não faças um sobrolho pensativo. / Se morrer nessa vida não é novo, / Tampouco há novidade em estar vivo."

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  10. Putz...és um grande FDP...parabéns mais uma vez,quem dera eu um dia tomar umas cervas com vsra.

    olho da xv.

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  11. Estarei no boteco do frei nesta terça(08), ouvindo uns blues e uns jazz.

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  12. Que estória!!!
    Parabéns pela imaginação fértil.

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  13. Vai ser professor elemento? acabei de postar um texto sobre como ser um bom professor com base na pespectiva dos meus alunos, depois da uma olhada. Acho que vai ser essa história ai, que eu vou fazer aquela parada que haviamos conversado.

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  14. Digno de um açougueiro mesmo!!!Por partes e detalhado de realidade!!!

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